El Fuego – O que subir um vulcão activo me ensinou sobre a vida
Dizem que quando queres muito uma coisa o universo conspira a teu favor, alguns chamam-lhe manifestação, outros sorte, outros destino – eu gosto de lhe chamar a magia de se estar vivo. Para mim, subir o El Fuego nunca foi apenas um tour, nunca foi “apenas” subir a um vulcão em erupção.
Nós já haviamos cruzado os nossos caminhos antes, mesmo sem nunca nos termos visto.
Era o ano de 2014 e eu estava no Peru no meu primeiro mochilão sozinha, com duração de 40 dias, a descobrir uma realidade que até então eu não sabia que era possível, e quis a vida que eu dividisse o taxi com um australiano que acabava de conhecer na rua.
Ele era um viajante.
Eu com o sonho de me tornar como ele mas sem saber por onde começar.
E de todas as histórias que ele me contou, nada lhe fez brilhar mais o olho do que a experiência de subir a um vulcão em erupção na Guatemala, e no fundo do meu coração eu soube – um dia vou subir esse vulcão, um dia eu também vou ser uma viajante.
E assim nascem sonhos.
E assim se manifesta.
E assim se vive a magia de se estar vivo.
Passaram-se 9 anos desde esse episódio e hoje vivi e vivo tudo o que aquela Maria sentada num taxi a falar com um australiano no Peru ousou sonhar. Eu consegui.
E aqui, de frente para o vulcão eu sinto-a, essa minha antiga versão cheia de medos e sonhos. Sinto-a como que a sorrir para mim e a dizer:
“Conseguimos. Agora vamos lá subir esse vulcão!”
Acho engraçado que com tanta viagem o El Fuego só retornou à minha vida num momento em que estou de novo com sonhos que não sei por onde começar, em que estou a precisar confiar que tudo é possível e que “quando queremos muito uma coisa todo o Universo conspira a nosso favor”.
Portanto, o El Fuego surgiu para celebrar a vida e para me ensinar a como seguir vivendo, como seguir confiando, como seguir sonhando – porque as coisas estão sim, programadas para darem certo.
5 COISAS QUE SUBIR A UM VULCÃO ME RELEMBROU
1 – A VIDA É MELHOR A CRIAR PLANOS DO QUE EU
Cheguei a Antígua com a única missão de escolher o dia perfeito para subir ao vulcão, eu queria que fosse perfeito e ponto. Não tinha pressa, assim que podia esperar para ver como estava o tempo, descansar da longa viagem desde Portugal e marcar a data.
Com uns cinco dias consecutivos de céu limpo em Antígua decidi marcar o tour, tinha tudo para dar certo, até que não. E assim começaram uns dias muito loucos em que quanto mais eu tentava controlar a situação mais ela me saia do controle e ao mesmo tempo me ensinava que nada na vida é deixado ao acaso.
- Um dia antes da minha subida, o vulcão El Fuego teve uma explosão que não acontecia há mais de 10 anos causando um incêndio e cancelando os tours do dia seguinte.
- Alterei a subida para três dias depois, na esperança que o fumo dissipasse, e durante um dia andei muito louca sobre se não seria melhor voltar a alterar a data para mais tarde. Até que me cansei da minha própria ansiedade e decidi deixar para a data marcada e entregar a Deus.
- No dia anterior à nova data da minha subida ao vulcão, Antígua ficou sem luz durante todo o dia, ou seja, nenhuma das minhas baterias foram carregadas, o meu telemóvel a 50% e no meu coração o pânico.
- A manhã do dia em que finalmente fui subir o vulcão, foi a manhã mais nublada desde o dia em que pisei estas terras.
Portanto, claramente a vida estava a conversar comigo e no meio de toda essa confusão eu decidi ouvir o que ela me tinha a dizer, permiti-me observar:
O que acontece quando a vida nos muda os planos?
Quais histórias surgem fora do planeado?
Em contrapartida ao facto de não ter subido ao vulcão na data prevista, acabei por conhecer o Shakti, uma pessoa muito especial, dessas que te conectas nos primeiros minutos, que perdes a noção do tempo em conversas sem fim, dessas que sentes que estavam destinadas a chegar, dessas que te sentes à vontade para seres quem és.
E não há presente maior em viagem do que quando te esbarras com conexões assim, porque são as pessoas que fazem os lugares, e é através das conexões humanas que mais aprendes sobre a vida, que mais aprendes sobre ti.
Apesar de que tudo me estar a fugir das mãos, percebi que tudo o que estava a acontecer fora dos planos me estava a fazer sorrir imenso, me estava a fazer bem e foi assim que de certa maneira comecei a sentir uma estranha tranquilidade de que tudo estava bem. De que na verdade, talvez a vida tinha melhores planos para mim, e que o “dar errado” estava apenas a ser uma projeção da minha mente porque nada efetivamente tinha dado errado até aquele momento, muito pelo contrário.
Na noite antes de subir ao vulcão, ao voltarmos para o hostel sem eletricidade, estávamos acompanhados por um mar de estrelas e entre elas vi uma estrela cadente, elas sempre me fazem saltar o coração, mas com esta foi mais que isso – senti que apareceu só para mim, como a sussurrar-me:
“Relaxa, tudo está bem”
Nessa mesma noite despedi-me do Shakti por apenas alguns uns dias, já que nos iríamos voltar a encontrar no lago, e foi muito lindo porque no exato momento em que nos despedimos a eletricidade voltou! Saltei de alegria, viver estava a ser muito emocionante com tantas reviravoltas.
Feliz carreguei a bateria de tudo o que tinha a carregar, preparei a minha mochila e o meu coração para a subida do vulcão.
Claramente despertei para ver o céu mais nublado de sempre, mas procurei respirar no não saber, tinha tudo para dar errado, mas na verdade nada ainda tinha dado errado e eu estava determinada a confiar na vida. Eu precisava integrar isso em mim.
Nessa manhã o meu novo amigo escreveu-me isto, que no fundo, resume bastante esta lição:
Não tem sentido preocupar-se com o que não se pode mudar,
E não tem sentido preocupar-se com o que se pode mudar.
LIÇÃO NRO 1 – Quando sentires que as coisas estão a fugir ao teu controle, tem a coragem para desapegar daquilo que “achas que deve ser” e pergunta-te:
O que aquilo que não controlo quer que eu viva agora?
2 – DESCOBRE O PRAZER NO PROCESSO | SUBIDA DO ACATANANGO
A primeira parte do tour é até ao Base Camp situado no vulcão Acatanango, são cinco horas de subidas íngremes que parecem não terminar nunca, acompanhadas de um coração acelerado devido ao efeito da altitude.
Eu sabia que seria difícil porque nunca ouvi uma única pessoa a dizer o contrário, porém, há difíceis e difíceis e para mim, este foi um difícil completamente novo. Muito provavelmente, porque de mãos dadas com o meu esforço físico estava a minha frustração de estar a sofrer para chegar ao topo e encontrar tudo coberto de nuvens eliminando a possibilidade de ver o vulcão.
“Aceita o que não podes mudar” – repeti para mim mesma imensas vezes.
E numa dessas repetições realmente olhei para o que me rodeava e percebi que caminhava numa floresta absurdamente linda. Percebi que toda a minha obsessão com o vulcão me estava a tirar a presença de aproveitar com plenitude o que tinha naquele momento, que na verdade não era pouca coisa, eu caminhava numa floresta de musgo dessas que te fazem lembrar filmes de fantasia, e com vulcão ou sem vulcão, o percurso era arrebatador.
Assim como na vida, por vezes estamos tão obcecados em querer chegar, que nos esquecemos de viver todas as benções que nos rodeiam agora mesmo, esquecemo-nos de aproveitar o “in-between”, de viver o espaço do “bom o suficiente”.
Esquecemos que muitas vezes as condições podem não ser as que sonhamos, mas que existe sempre beleza no que É, e talvez o que É, é exatamente o que precisamos naquele momento.
Imagina subir aquele vulcão debaixo de um sol abrasador?
Isso fez-me questionar:
- O quanto eu estou realmente a aproveitar o que tenho agora neste momento em que estou na estabilidade do meu sonho de há 10 anos atrás?
- O quanto o meu foco em chegar ao próximo sonho me tira o prazer no processo de conquistá-lo?
- Com que delicadeza estou a saber viver no que é bom o suficiente?
LIÇÃO NRO 2 – O prazer no processo é olhar menos para o resultado e focar no presente, porque é vivendo tudo o que te rodeia hoje, todas as belezas, as experiências e os desafios, que tu honras a pessoa que um dia foste e crias a pessoa que vai viver o teu amanhã – apaixona-te pela jornada.
3 -AS COISAS ESTÃO PROGRAMADAS PARA DAREM CERTO
Tenho que admitir que eu sou uma pessoa extremamente positiva, não foi algo que eu construí, desde que me conheço por gente que tenho esta inclinação em acreditar que tudo vai dar certo, mas em contrapartida, também sou alguém com muitos medos, mesmo que possa não parecer.
A minha jornada pela vida tem sido acolher os meus medos e fortalecer a parte em mim que confia. Mais fácil dizer do que fazer, mas até à data o coração sempre tem vencido o medo. Aho!
Estávamos a mais de metade da subida e segundo os guias a probabilidade de vermos o vulcão era de 10% e acredito que diziam 10% para nos darem una réstia de motivação para continuar.
No entanto, quando me conectava bem profundo com o meu coração eu acreditava que iria acontecer um milagre e que o tempo iria abrir, porque, vamos lá analisar as coisas:
“Ultimamente tudo parecia que iria dar errado e bem no finalzinho tudo dava certo. Tinha que ser igual!
Para não mencionar o facto de que na noite anterior tinha visto uma estrela cadente né?”
Admito que fiz todo o processo de manifestação em certa altura, visualizei-me a chegar lá em cima, o céu limpo, ao fundo vulcão e permiti-me sentir toda a alegria de ter dado certo. E lancei para o Universo dizendo a mim mesma – “Confia”.
No entanto, sempre existe aquela lado nosso que gosta de dar o ar da sua graça, para nos dizer que não vamos ter sorte, que é melhor nos conformarmos.
“Fica onde estás” – diz ele – “É tão seguro aqui.”
E por alguns momentos eu senti aquela tristeza, a tristeza de não acreditar e o desânimo voltou a fazer casa. Eu acreditava que sabia, afinal, as probabilidades estavam aí, a cada passo que dava.
Mas e se?
E se acontecesse exatamente o que tinha vindo a acontecer e no final acabasse tudo por dar certo, simplesmente porque eu mereço que coisas boas aconteçam, simplesmente porque coisas boas acontecem.
Aprendi que a vida é muito assim. A vida em que segues o teu coração é muito assim.
É como ultrapassar todos os desafios de subir um vulcão, sem a garantia de que o vais ver, apenas dando o teu melhor a cada passo e confiando que no final tudo vai dar certo. Porque no final do dia de um sonhador, só isso resta, confiar na magia da vida.
Quanto a vocês não sei, mas eu tenho cá para mim que o Universo tem um fraquinho por sonhadores – chegamos ao topo e na primeira curva que permite ver o vulcão o tempo abriu. Abriu como se nunca tivessem existido nuvens!
Toda a paisagem. Todos os vulcões. Toda a imensidão.
Tudo mudou em segundos, foi uma loucura de felicidade, lindo, emocionante e só consegui sentir uma gratidão absurda e ao mesmo tempo um amor imenso do Universo por mim. Foi exatamente assim que me senti – amada.
O meu coração transbordava de entusiasmo e ao mesmo tempo que vi o vulcão a contrastar com aquele céu azul e a reluzir ao sol, eu soube – tudo vai dar certo.
LIÇÃO NRO 3 – Tudo o que vale a pena na vida te vai fazer estremecer um pouco, o caminho do coração é o caminho do novo e o novo sempre estabelece um relacionamento entre o amor e o medo dentro de nós. O nosso trabalho é aprender a sustentar o não saber e confiar que se pusermos o pé, vai ter chão.
4 – SOMOS TODOS VULCÕES | EL FUEGO
A adrenalina de o tempo ter virado fez-me recuperar todas as energias e em 30 minutos estava a levantar a mão para a pergunta – “Quem vai subir ao El Fuego?”
A trilha para o El Fuego é de aproximadamente 3 horas ida e volta ao acampamento, e consiste em descermos todo o Acatanango e subirmos o El Fuego, onde ficamos a 500 metros do vulcão em erupção. A 500 metros de uma força incontrolável da natureza.
Subir o El Fuego foi toda outra experiência, no entanto, aqui só vos quero trazer um insight rápido mas muito poderoso que senti ao ver e experiênciar um vulcão a explodir tão perto de mim.
A sua força. A força da terra.
Em como ela fervilha mesmo abaixo dos nossos pés, em como ela é fogo, em como ela é viva e em como ela, também, é fúria.
El Fuego sabe a sua força e não tem medo de transbordar, ele simplesmente É em toda a sua fúria, em toda a sua beleza, em toda a sua autenticidade – ele está desperto.
Somos todos vulcões, mas a maioria estamos adormecidos.
Temos medo da nossa força.
Temos medo do nosso fogo.
E assim, somos vulcões que vivemos como montanhas sem nunca descobrirmos o nosso grande potencial.
El Fuego relembrou-me da minha força.
Relembrou-me de transbordar.
Relembrou-me de despertar.
Relembrou-me de Ser em todo o meu fogo.
O quanto reprimimos dentro de nós? O quanto nos calamos? O quanto fingimos? O quanto aceitamos? O quanto deixamos por viver? O quanto deixamos por expressar? O quanto deixamos de conquistar? O quanto deixamos por transbordar?
LIÇÃO NRO 4 – Somos vulcões, não é suposto vivermos como montanhas.
5 – NA TUA VULNERABILIDADE ESTÁ A TUA CURA | VOLTA AO ACATANAGO
Esta experiência ainda tinha reservada mais uma lição para mim – a volta ao Acatanango.
Começamos a subida de regresso ao Base Camp com um ritmo tranquilo e pelo caminho ainda tivemos a sorte de ver uma explosão de El Fuego arrebatadora. Ele explodiu em todas as direções, cobrindo todo o seu corpo de lava, para além do espanto só pude sentir alivio de já não estar tão perto, é incrível ter a oportunidade de estar a 500 metros de um vulcão a cuspir lava, mas ao mesmo tempo eu achei assustador – é o que chamaria de, literalmente, brincar com o fogo.
Em determinado momento da subida comecei a sentir que me arrastava mais do que caminhava. Cada vez mais devagar, como se o meu corpo não me quisesse responder mais, eu dava um passo e tinha que parar.
Eu já me desafiei fisicamente várias vezes em outras alturas da minha vida, porém, nunca tinha sentido o que estava a sentir naquele momento, como se a vontade do meu corpo fosse maior do que a minha – e por ele eu não dava nem mais um passo.
Bem no finalzinho, deixei todos passarem e encostei-me a uma pedra e assim fiquei.
Fiquei por largos minutos, sozinha no silêncio e a única coisa que pensava era “vou ficar aqui o tempo que precisar” ou “vou dormir já aqui, porque não consigo mais” – dramática como só ela – e enquanto me distraia neste rodopio mental, o Luís, o nosso guia, voltou por mim com toda a sua alegria a motivar-me:
-“Vamos Mari, respira, o acampamento é já ali. Os outros já chegaram, estás muito perto… tranquila, tu consegues”
Seria de esperar que eu iria ficar feliz por já não estar sozinha e ter alguém para me ajudar, no entanto, comecei a sentir exatamente o oposto.
O redopio mental anterior deu lugar à preocupação de “estar a dar trabalho”, “de não sou forte o suficiente”, “ele teve que voltar por mim” ou de “preciso de ajuda” – como eu não conseguia dar nem mais um passo fiquei literalmente presa entre mim, as minhas crenças e o Luís – o cansaço trouxe-me a vulnerabilidade ao de cima, porque máscaras exigem energia e essa estava em falta no momento.
Num momento de consciência percebi o quanto me estava a justificar por ter ficado para trás, percebi o tanto de desconforto que estava a sentir por uma situação que não tem de todo de ser desconfortável, ou melhor, o Luís fez-me perceber tudo isso enquanto conversava comigo.
Estava tudo em mim.
E ali, em frente de alguém que tinha acabado de conhecer essa manhã, vi-me a falar abertamente e com uma vulnerabilidade que só um cansaço extremo me poderia dar, de sentimentos que não tinham sentido nenhum, mas que mesmo assim estavam em mim, tão vivos em mim – vi cada memória, uma a surgir atrás da outra, a atravessarem-me para se expressarem mais uma vez no mundo e lembro-me de parar de reagir a elas e pensar:
Chega.
Eu vejo cada uma de vocês e seja qual for a razão que vos fez criar casa em mim, eu liberto-vos. Precisar de ajuda não é sobre seres um fardo, é sobre seres humana. Deixa-te ajudar.
Mergulhar na vulnerabilidade é assustador e quem diz que não, possivelmente nunca se aventurou de facto nesse território, no entanto, não existe nada mais libertador do que olhar para o que carregamos nas profundezas, observar as histórias que contamos a nós mesmos e sermos humanos na nossa fragilidade.
Uma vez ouvi algo assim:
“Antes de sermos Deus, temos de aprender a ser humanos”
Acredito que ser vulnerável é exatamente sobre isso, aprendermos a ser humanos.
Ser humana nessa noite, para mim, foi perceber que ninguém chega a lado nenhum sozinho e que precisar de ajuda não faz de mim alguém menos forte ou alguém menos independente, na verdade, sabe bem.
O que as tuas justificativas querem falar das tuas sombras?
O Luís empurrou-me subida acima, o que de facto agradeci e permiti, como agradeci ao pequeno guia que me levou pela mão até à minha cabana.
E enquanto me aquecia com o calor da fogueira e pensava em todo o processo que tinha acabado de vivenciar, vi-me a sorrir feliz por ter vivido e estado presente para encarar as minhas sombras.
Um guia chegou com um prato de comida quentinha e um chocolate quente e disse-me:
-“Foste valente”
Anteriormente iria pensar que ele estava a dizer isso para me animar, mas nesse momento eu soube, esta subida foi um grande processo de cura, e sim:
Fui valente. Sou valente.
LIÇÃO NRO 5 – Na tua vulnerabilidade vais encontrar a tua força, porque vais permitir-te ver o que lutas tanto em esconder. E ver é libertar.
Cada vez mais sinto que a vida fala connosco em cada experiência, em cada encontro que vivemos e quanto mais estamos preocupados em entender com a razão, menos conseguimos entender com o coração.
É preciso abrirmo-nos para ler a vida, ela conta-nos a nossa história, elas dá-nos as respostas que precisamos, porque no funda ela somos nós e nós somos ela, tudo é uma coisa só.
O que as tuas experiências te estão a querer mostrar?
O que o “acaso” te está a fazer sentir?
Observa.
Com amor,
Maria
*No meu Instagram tem um highlight chamado EL FUEGO onde registrei toda a experiência, se tiveres curiosidade passa por lá.